Wednesday, June 13, 2007

Agora

Agora que o silêncio é um mar sem ondas,
E que nele posso navegar sem rumo,
Não respondas
Às urgentes perguntas
Que te fiz.

(...)

Ouvir de novo a tua voz seria
Matar a sede com água salgada.

(in "Súplica", Miguel Torga)

4 comments:

cuotidiano said...

Não ouvir a tua voz seria matar. A sede, que fosse.


Beijo

joão marinheiro said...

Eu sei, já não existem sereias no mar profundo para escutarem os nossos pedidos. Morreram desiludidas...resta-nos o silêncio esse ruído baixo e ensurdecedor que nos aflige por dentro. Porque tem tudo de ser assim?

Abraço ruidoso

mafalda said...

Que beleza a deste blogue! Nunca aqui tinha vindo, acabei de descobri-lo, ao ler os comentários ao último post do cuotidiano. Vou voltar sempre, à procura de mais.

Abraço.

cuotidiano said...

Num ondular da nostalgia, aqui vim parar. Navegando. Lembrando.