Sunday, March 4, 2007

"(...) sabemos que nos falta qualquer coisa,

e que essa qualquer coisa que não conseguimos definir, e que é sem dúvida um pedaço da nossa alma, foi retalhada do nosso ser por esse olhar que nos fixou, e levou consigo a imagem em que a nossa essência encontrara a sua mais completa expressão, deixando-nos um vazio que não conseguimos definir, porque para isso precisaríamos das palavras de quem nos roubou a nós próprios".

In O Anjo da Tempestade, Nuno Júdice.

7 comments:

CaCo said...

Vagarosa, a noite. Com o vagar desmedido das coisas mundiais, a noite cobriu todos os lugares do mundo que eram todos só ali (...). Nessa casa, cada um ficou abandonado num canto dentro do sofrimento. - in Cemitério de Pianos, José Luís Peixoto.

E depois o sol nasceu. A noite deu lugar ao dia. O sofrimento foi levado pela brisa vinda do mar azul. O vazio encheu-se de coragem.
E … eu e tu sorrimos.
;)

(Outrora Taizinha, agora um Caco à procura de um pedaço de espaço perdido)

Bjs

Alberto Oliveira said...

... chegou a pôr anúncios nos jornais e a prometer alvíssaras a quem o encontrasse. Deste tanto tempo que passou, apenas uma resposta: trouxeram-me um botão perdido da casa, de uma camisa azul de minha grande estimação. Não contou. Só valia um pequeno pedaço d´alma...

óptimo resto de dia e sorrisos!

Estranha pessoa esta said...

Ainda estou a mastigar estas linhas...
...



Volto depois!
Isto é de digestão difícil...

Carlos Sampaio said...

Retalhar ou moldar?
Deixa vazio ou forma?

cuotidiano said...

... e o pior é quando sabemos o que nos falta - e que até conseguimos definir - quando até sabemos quem nos falta e porquê, recebermos em troca o vazio.

(Como quem cala, cala, cala e depois não se vê a fazer nada...)

Estranha pessoa esta said...

....

Estranha pessoa esta said...

Faz falta qq coisa..